quarta-feira, setembro 28, 2005

 

COM OVO A CAVALO

Estou a descobrir os blogs do lado de dentro. Surpreendo-me a construir posts e posts, completamente intraduzíveis, só descodificados por mim, no emaranhado da minha cabeça cuja parte visível é bem ilustrativa do que lá vai dentro. E a este propósito lembrei-me de uma coisa que a minha mãe dizia acerca do mau estado dos penteados: que era directamente proporcional ao estado do interior da "concha". Tinha razão, a senhora. E quem a mandou parir uma cabeça com tantos caracóis?

Ai! Como posso eu (d)escrever o que p'ráqui vai neste momento? Momento um pouco longo já que dura desde ontem... Mas que interessa o Kronos nesta coisa dos miolos, afinal?

E agora só me vem à cabeça a voz do Chico "o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui está preta". Mas não está. O que quero é dizer-lhes, falar-lhes do que esta coisa dos blogs tem sido para mim. Que original!!! Nunca ninguém se lembrou disto antes, pois não? Já??? Oh... Pronto! Xô pensamento. Xô... Chiu! Caluda! Biquaite! Que esse assunto já não interessa a ninguém...

E então a Portugália? Pois que bem podia ter sido na Cervejeira... ou na Trindade! Mas não foi. Foi mesmo em frente àquele bife de que nem gosto muito por já ter o molho tão aguado, que eu tenho a absoluta certeza de ter conhecido a Cat. Nesse dia - há eras - apercebi-me de como estava apanhada por isto. Assim, sem nada que pudesse fazer prever, a minha vida fora preenchida com uma data de gente nova que eu não conhecia de lado nenhum, de quem nada sabia a não ser o que lia porque também nada mais me interessava. E parecia-me tudo novo, tudo tão desconhecido, tudo tão (ui!) sensações... Mas, naquele momento, à frente do meu bife e da mesa com uma mulher, uma criança e um homem percebi que, afinal, a nossa cabeça não inventa do zero. Constrói-se sempre a partir de alguma coisa previamente conhecida. Foi por isso que precisei de dar corpo a uma das minhas bloguistas preferidas. Sem a preocupação de testar a realidade. Só para que pudesse pensar num rosto, nuns olhos, num filho, cada vez que a visitasse.

terça-feira, setembro 27, 2005

 

O HÁBITO FAZ A MONGA!

Durante todo o tempo em que andei por aqui, no meu estilo voyeuse mais refinado, visitava os outros blogs através dos links da minha lista de favoritos, obsessivamente arrumada em pastas ordenadas alfabeticamente. Excepção feita aos blogs da minha Ana que cabem numa pasta chamada VIP (um bocadinho piroso, não acham? Mas enfim... sem o seu quê de ridículo e pimpinoso não há Amor que lhe mereça o nome...)

Ontem inchei de orgulho quando olhei para o meu template novinho e vi o resultado das horas que passei a suar as estopinhas para colocar os links dos meus blogs mais queridos. Bom... claro que a lista facultada pela Ana (copypastecopypaste) sempre me foi refrescando o esforço... Mas soube-me tão bem colocar os títulos, pensá-los com o carinho que tenho por cada uma das pessoas que leio quase diariamente...

Mas... não é que não os uso??? Que raio de mentecapta me saí! Abro o blog, verifico as caixas de comentários (babo, babo, babo) e minimizo para ter espaço para a lista de favoritos!!!

sexta-feira, setembro 23, 2005

 

O GRELO A ROMPER

Porque já germinou, claro!

Eu queria mesmo escrever o tal post mais sério. Aquele que explicasse porque é que fui tão renitente em abrir um blog. E porque continua a ser-me difícil acreditar que tenho um...

Sempre escrevi. Ainda antes de saber juntar letras com lógica, já gatafunhava páginas e páginas de cadernos roubados ao mano D com linhas que a memória me traz iguais a infindáveis ées encadeados uns nos outros e alternados, aqui e ali, com emes de mil pernas.

Na primária adorava fazer composições. Que, na altura, ainda se chamavam redacções o que, a meu ver, era um nome muito mais bonito. Dos 9 aos 17 anos mantive um diário. Com os factos da minha vida. Os reais e os completamente inventados, frutos carnudos e tenros da minha fantasia galopante. No 11.º ano, ganhei um concurso de literatura lá da escola. Com um poema a armar ao erudito, resultado dum TPC que impunha construir qualquer coisa sobre o"O Poeta Fingidor". E quando me telefonaram do Conselho Directivo, a dizer que podia ir levantar o Atlas que tinha ganho mais uma "Aparição", não fazia ideia do que estavam a falar! Sabia lá que a querida professora de português se encantara com aquela pouco mais que bosta, escrita entre soluços de corno e lágrimas de lagartixa e tinha resolvido levá-la a concurso? O que é certo é que ficou famoso. Tão famoso que os amigos desse tempo ainda me pedem, entre risos que eu interpreto sempre elogiosos (que mais poderiam ser?) para declamar os 2 primeiros versos...

Depois, de repente, sequei! Deixei de ter aquela capacidade de transformar as ideias em palavras, ainda na cabeça e, depois, passá-las para uma forma. Exterior a mim, partilhável, acessível a outros. E só agora, quando os blogs me irromperam pela vida adentro, consegui pensar nisso outra vez. E lembrei-me que há 3 anos fui capaz de retomar aquele prazer. E percebi porque foi que, durante alguns meses, me soube tão bem manter aqueles longos mails com alguém que tinha descongelado aquela capacidade. E como isso voltou a acontecer com a Ana. E porque é que eu não queria ter um blog.

É que só consigo escrever para alguém. Como se fosse uma conversa olhos nos olhos.

segunda-feira, setembro 19, 2005

 

1.º "FAITE DAIVER"

(Que o 1.º post sério ainda está em germinação. Tal e qual os caroços das tâmaras que a minha Ana tem à janela da cozinha...)

De manhã deixo-a de molho. Cheia de dores de garganta, a minha querida. Liga-me ao meio-dia, com voz embargada. De mimo... Derreto-me toda, como de costume. Prometo visita à hora do almoço, com um dito, para que coma. Senão, já sei do que a casa gasta. "Pode ser qualquer coisa do Cook & Eat"... Ok! É fácil. Fica mesmo na nossa rua. Mentalmente faço a gestão da hora que vou poder gastar. Consigo ir a Oeiras, comprar o almoço e voltar.... Às 12:50 levanto-me da secretária, carteira ao ombro, mão lá dentro para pegar nas chaves. Mas porque é que encho sempre as carteiras com tantas tralhas??? E que cheia de pressa estou!... Ai! O que é isto??? Uma coisa mole e pegajosa... Ah! O baton abriu-se... Esquece isso agora, Maria! No caminho limpas tudo com uns kleenexes... Chaves... chaves... Chaves???!!!! Oh não... não HÁ chaves. Não vão haver. Estão em casa, dentro da carteira que usei na sexta-feira. Quando fui a Viana do Castelo. No carro do serviço. EM QUE VIM HOJE PARA O TRABALHO!!! "Tou? Senhor Director? Queria pedir-lhe um favor..." Pronto! Resolvido. Bolas! Tinha-me esquecido que o ar condicionado se avariou na viagem de regresso de Viana. Que dia é hoje? Já não é QUASE fim de Setembro? TINHA QUE ESTAR ASSIM ESTE CALOR??? Meia A5 feita. Inicio a reprogramação do tempo que me sobra. Quando me imagino a pagar o almoço, vem-me à cabeça a carteira vazia. Há multibanco na área de serviço. Nada de mais. Páro, levanto dinheiro, compro o pão que me havia sido pedido e cuja compra eu recusara por não ter tempo. "Não te importas de comer o d'ontem, pois não? Aqueces um bocadinho...". Cook & Eat cheio. Por instantes pondero fazer-me tolinha e passar à frente de toda a gente. Mas o meu super-ego faz sempre um bom trabalho e, muito bem-comportadinha, vou para o fim da bicha. Cheia de nervoso miudinho, calor, fome e pressa. Montes de pressa. Vou deitando olhares gulosos aos únicos 3 salgados na vitrine. Do lado de lá do balcão, as duas meninas vão servindo os tabuleiros, a uma velocidade que me parece estranha. Porque é que os meus movimentos me parecem muito mais rápidos? Porque será que pisco os olhos 10 vezes e a menina ainda tem o braço suspenso no ar, a meio do movimento de deitar sopa numa tigela? "Só tem aqueles salgados?" "Só". "Então são para levar, por favor". "Tem que pedir à minha colega porque eu sou só dos quentes..." levo uns segundos (uma eternidade) a descodificar a mensagem. Dos quentes? QUEM são os quentes? Ah! A colega... Olho em volta. Outra menina está a deitar salada num prato. Presumo que seja "a dos frios". A dos salgados frios. E, de repente, entro em pânico. E ouço-me gritar: "Esse salgado é meu!" A minha coxa de galinha acabava de passar em frente dos meus olhos. Na ponta da pinça da "dos quentes". Direitinha para o prato do senhor atrás de mim. E, cheia de horror, ouço-a dizer, com uma voz carregada de enfado e impaciência:"Temos aqui um problema! Não sei como vamos resolver." Meu Deus!!! Mas é SÓ um salgado. O MEU salgado. Não há problema nenhum, minha menina. Agarras numa caixinha de papel, dessas lindas que vocês aqui têm e atira-lo lá para dentro. De qualquer maneira. À toa, mesmo. Mas faz isso depressa. Que eu só quero pagar e fugir daqui para fora.

 

POIS QUE SEJA!...

E não é que conseguiste mesmo, prima doida varrida mais querida?

quinta-feira, setembro 15, 2005

 
nós queremos amariadaiana a bloggar aqui!
nós queremos amariadaiana a bloggar aqui!
nós queremos amariadaiana a bloggar aqui!
nós queremos amariadaiana a bloggar aqui!
nós queremos amariadaiana a bloggar aqui!
nós queremos amariadaiana a bloggar aqui!

vá lá, Maria, atreve-te!

quarta-feira, setembro 14, 2005

 
Eu pus amariadaiana a bloggar aqui!
Eu pus amariadaiana a bloggar aqui!
Eu pus amariadaiana a bloggar aqui!
Eu pus amariadaiana a bloggar aqui!
Eu pus amariadaiana a bloggar aqui!
Eu pus amariadaiana a bloggar aqui!

Nhé nhé nhé nhé nhé nhé!


Olha, amariadaiana, resolvi aceitar a sugestão da aNa e criei um blog só com isto!

Beijos, beijos e mais beijos!

This page is powered by Blogger. Isn't yours?



eXTReMe Tracker