terça-feira, fevereiro 21, 2006

 

O PROMETIDO NUNCA É DE VIDRO

Tenho uma amiga. Gosta de professoras pequeninas, brincadeiras debaixo da mesa e chama-se... Luz de todos os dias!

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

 

ALMAS P(R)EN(D)ADAS

Tenho uma relação muito especial com os meus mortos. Já disse isto tantas vezes que as visitas desta casa que me conhecem pessoalmente, estão mais do que legitimadas - sintam-se mesmo convidadas - a passar por cima deste post sem lhe prestarem a mínima atenção.

Os meus anjinhos são certezas na minha vida. (Nesta altura da conversa, esclareço que isto ser verdade ou ilusão não me interessa minimamente. Aceito qualquer posição. Mas adopto a minha. Porque é uma questão de fé e de sentido profundo, individual, único, intransmissível, etc.) Falo com eles, às vezes de assuntos prosaicos, outras de coisas mais sérias. Naturalmente, não peço conselhos. Mas peço-lhes clarividência, abertura de espírito, disponibilidade, serenidade. Tudo aquilo que os cépticos dirão encontrar-se já dentro de mim. E é verdade. Mas são "eles" quem me leva pela mão até esse "mim" quase sempre de acesso tão difícil. Rogo-lhes que nunca me apareçam. Que se mantenham energia invisível mas sensível. E fazem-me a vontade. Sinto-lhes pequenas e grandes presenças. Dão-me sinais inequívocos (porque os creio assim) de que me amam e me cuidam e me querem feliz. Também sei que gostariam que já não precisasse tanto deles. Que me desapegasse de vez e os deixasse soltos para as suas vidas. Mas, por enquanto, vou-lhes pedindo alguma paciência. E faço-me piegas e pequenina outra vez e enrosco-me gatinha no colo da mãe. Também lhes peço que não me deixem desperdiçar nada na vida. Que me ensinem a ser grata e a apreciar tudo o que recebo, bom ou mau. Porque eles já ganharam perspectiva e já não vêem na horizontal como nós. Que temos um horizonte limitado e ainda não vemos a céus dimensões.

E porque me respondem sempre, deixaram-me sonhar alto, muito mais alto do que alguma vez acreditei poder chegar. E deram-me o meu pedaço de céu.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

 

TARTAMUDO

Este post. Como o nosso coração.

 

OH... OH... OH PRIMA! (DOIS)

Fartei-me de pensar em formas de fugir... mas só a ideia de que poderias pensar que gosto mais da Mente do que de ti!... Ai mas não quero nada responder àquelas quatro coisas... Posso antes dizer as quatrocentas e quarenta e quatro que me ligam a vós?

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

 

OH... OH... OH PRIMA!

Então eu a fazer-me desentendida há uma data de dias, a ver se a minha Ana se esquecia do desafio que me tinha lançado e tu atiras-me assim com o coiso das manias??? Isso não se faz! É que a ti nada posso recusar, bem sabes. Por causa daquele teu problemazinho... Então cá vai:

1.Mania das limpezas - nunca nada está suficientemente limpo nem desinfectado. O meu último orgasmo público ocorreu em pleno Carrefour quando descobri que em Portugal já se vende Dettol. Era uma maçada estar sempre a mandar vir de fora... Agora imaginem o que me faz sentir a minha prima com a história de inspeccionar os copos, talheres, pratos... lá em casa estavam sujos. De certeza!!!

2.Perscrutar milimetricamente a pele da cara à procura de borbulhas/pontos negros/espinhas/afins - nunca dá um resultado bonito. Faço brotoejas horríveis. Haja Vitalumière!

3.Ler sentada na retrete. É impossível a função se não for assim. Digo eu...

4.Observar a forma como as pessoas comem. Sou tão mesquinha...

5.Enfiar em cada narina, todas as noites, o dedo indicador revestido de Vick.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

 

EU TAMBÉM NÃO GOSTO DE MOTAS

Sei que podem achar-me de opinião não isenta nesta matéria. Mas em lugar nenhum do cérebro me cabe o sentido de algumas reacções à questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Que diferença pode fazer, seja a quem for, que quem mora no 2.º frente seja um casal de mulheres ou de homens, ou de três pessoas, ou de 4, ou de 1 delirante que vive como se fosse 2? E se se casarem? Que interferência isso tem na vida de quem quer que seja a não ser na dos próprios? E os argumentos que esgrimem são tão pobres... Falem-me do casamento religioso e eu aceito. Com a maior pena. Porque daria alguns dias da minha vida para que me fosse possível casar pela Igreja com a pessoa que tanto amo e ao lado de quem me sinto completamente realizada. Além do mais, para quem é fundamentalista, apenas o casamento religioso, o sacramento, é verdadeiro. Então? O casamento civil reveste-se, portanto, de uma função puramente contratual... Que diferença faz???

Pois eu também não gosto de motas. Nunca compraria uma. Nessa matéria, tento exercer uma influência dissuasória sobre aqueles que me são queridos. Enquanto responsável, nunca permitiria que um filho tivesse uma mota. Acho uma insensatez a locomoção em 2 rodas, completamente antinatural. Tenho a convicção de que, mais cedo ou mais tarde, todos os que se deslocam dessa forma acabam por dar com os ditos (ou com o resto do corpo todo) numa superfície demasiado dura. Se calhar tenho que pensar melhor nisto e tomar uma atitude. Talvez consiga reunir o número suficiente de adeptos para tentarmos abolir tal meio de transporte. É que, realmente, as motas não me fazem diferença nenhuma. Mas... sei lá! Incomodam-me.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

 

HORA FEMININA *

O André é a minha primeira pessoa da blogosfera. A casa dele foi a minha porta de entrada para este universo e como fui dar é um segredo que quero bem guardado por me ser tão caro. Foi por causa dele que me apaixonei por este mundo, foi ele quem me levou a conhecer outras casas, outras vidas, na vertigem de grau exponencial que todos conhecemos. No limite, foi ele quem me trouxe a esta vida que hoje tenho, em que sou incomensuravelmente, quase inacreditavelmente, feliz. Tenho, portanto, uma dívida para com ele. Tenho, portanto, um enorme carinho por ele. E pela Rainha e pelos Príncipes. E gosto da doçura com que (os) escreve. Gosto de um homem assim. Que é tão homem que não tem medo nenhum de se mostrar vulnerável e frágil e meigo. "Maricas" como, provavelmente, seria apodado por qualquer "macho" convicto. Daqueles, coitados, que não percebem que são só metade porque são homens. Que ninguém é completamente inteiro se não for um todo. E que isso não tem nada a ver com orientação sexual, nem identidade de género mas, tão-somente, com o procurar a plenitude, a totalidade que nos torna mais ricos.

E é por isso que o André, que tem uma Caixa de Costura cheia de alfinetes de dama, carros de linhas, botões, elásticos e alfinetes, tudo muito, muito feminino, ficaria lindamente, com toda a sua virilidade, numa reunião da Tupperware.


* nome de um programa da rádio local da cidade em que vivia quando era pequenina e no qual a minha mãe, por vezes, participava.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

 

ESCOLHAS... OU ESCOLHOS?

Há dias, ouvi falar de uma mulher que vive com um homem embora já não goste dele. Porque já não tem pai nem mãe e, tê-lo, a ele, defende-a de sentir uma orfandade absoluta. Agora que tomou consciência disso, sentiu a necessidade de mudar alguma coisa. Filiou-se num partido.


do Lat. filiare
v. tr.:
adoptar como filho; perfilhar; entroncar; dar como proveniente; admitir em corporação ou comunidade;
v. refl.:
proceder; entrar numa comunidade, agrupamento ou partido; derivar, originar-se.


fonte: Priberam

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