sexta-feira, dezembro 30, 2005

 

SINCRONICIDADE

Sempre fui um pouco paranóica. Entre outras manias tenho a certeza, mesclada com o pavor que dela decorre e a que se segue uma assombrosa angústia, de que os outros gostam sempre mais de alguém do que de mim. Os outros a que me refiro, não são uns quaisquer. Normalmente são outros altamente significantes que, ao longo da minha vida, foram assumindo diferentes papéis. O primeiro de que me lembro foi a minha mãe. Tinha a certeza absoluta de que gostava mais do meu irmão mais velho do que de mim. Andei uma data de tempo a escutar atrás das portas à espera de ouvir a famigerada - mas certa - palavra "adoptada"... nenhum receio poderia ter sido mais infundado. Hoje sei, sem dúvidas, sem tontas reticências, que fui mesmo a "estrela da vida" dela. Depois seguiram-se os professores e os colegas preferidos, os chefes no trabalho...

Com terapia, algum esforço de amadurecimento, muitas experiências vividas, muito amor sentido, tenho vindo a melhorar. Há já algum tempo que não sentia aquele desconfortável fiozinho gelado que toma conta da minha alma. Até ontem. E é agora que me vou pôr a nu e mostrar como sou mesquinha. Mas tenho de o fazer. Ontem à noite, a Ana contou-me que a Minha Prima Mente, a que é Doida Varrida, tinha escrito um post dedicado à Bomba Inteligente. E contra tudo o esperado, sem aviso, sem razão, lógica ou sentido, completamente fora do contexto... "aquilo" voltou! E dei por mim a pensar que gostava tanto de ter um post para mim, escrito por elas... Rapidamente racionalizei e fui-me convencendo de que num blog tão fantástico, com as caraterísticas de que o fabuloso Assumidamente se reveste, não havia lugar para o que quer que fosse com que eu pudesse estar a sonhar.

Há pouco, recebi uma sms. Acabada de acordar, obriguei-me a pestanejar várias vezes. Palavras mágicas. Que me trouxeram cheia de reverência a este cantinho do computador. E o que li, para além de me ter deixado de visão muito toldada, encheu-me de uma alegria imensa. Por tudo. Pelo que está escrito, pela maravilhosa sincronia dos nossos sentires, pela confirmação de que a minha vida é bendita. E só me vêm à cabeça palavras como AMOR, ACREDITAR e . Ah! e OBRIGADA.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

 

CRÂNEOS, TÍBIAS, PERÓNIOS E... ALGUIDARES DE BAIXO!

Estou à espera do senhor da Tv Cabo. De castigo, em casa do meu querido mano que vai a não sei quantos mil pés de altitude rumo à Cidade Maravilhosa para 15 dias de férias! 40º! Pão de Açúcar. Água de coco. Tarte de limão. Shopping da Barra. Baía de Guanabara. Verde. Azul. Morro. São Judas Tadeu. Asa Delta. Comida a peso. Bijuterias. Vernis Risqué. Corpos ao léu. Sandálias. Vozes com música...

Quando aqui cheguei, o meu primo que estava de saída, perguntou-me porque não tinha ido eu também com toda a restante família passar o fim-de-ano tropical (que não difere muito da maioria dos que eles passam, na verdade...). Fiquei momentaneamente sem resposta. Arredondei os olhos, como sempre faço quando se me pára o cérebro seja por perplexidade, zanga ou mesmo simples estupidez, e balbuciei: "porque tenho de trabalhar...". E logo a seguir, já senhora da situação, muito convicta da irrefutabilidade do argumento: "Sabes que estou de baixa há 2 meses!!!".

E estou mesmo. Nunca estive tanto tempo em inactividade como agora. E o pior é que me sinto capaz de prolongar isto por mais algum tempo. Que é uma maneira um pouco menos mariquinhas de dizer que não me sinto capaz de retomar a minha vida normal. De assumir as responsabilidades que são minhas, que eu escolhi e de que me orgulho.

Sentir-me assim faz-me pensar na inevitabilidade do passar do tempo e no efeito que isso tem no nosso corpo. Tenho pavor de envelhecer. Toda a gente sabe disso. Não faço nenhum segredo da minha obsessão em esconder os 3 cabelos brancos que já descobri no cucuruto. Há uma data de coisas que posso fazer para enganar o passar do tempo. Nomeadamente manter o "espírito jovem". Expressão que, só por si, diz logo tudo. É mesmo conversa de velho. Como dizer "um rapaz da minha idade"! Posso até tentar atrasar um pouco o involuir das minhas capacidades físicas, mantendo uma boa alimentação, praticando exercício físico, blá blá blá... mas o tempo passa. Inexoravelmente. E quando estamos perante uma situação que já vivemos, até várias vezes, só que há alguns anos, não resistimos a comparar a forma como nos sentimos. Como o nosso corpo reage às exigências que lhe são feitas. Como está lento a recuperar. Como implora descanso, sono, sossego... E não há nada a fazer senão responder-lhe. Com o melhor que tivermos para dar. Com toda a dedicação. Sob pena de sucumbirmos à falência total.


(Sim. Eu sei que o título do post parece não ter nada a ver com o texto... Mas ela sabe ao que me refiro!!!)

sexta-feira, dezembro 23, 2005

 

E SE A DOIDA

vier por aí abaixo dar mesmo cabo do meu vidrinho cheiroso? Bom... pelo menos que traga a Assumida com ela! Que saudades tenho!!!

Caramba que conseguiu deixar-me inquieta...

Não sabes que se me escapou a inspiração no teatro cirúrgico, prima? Agarrou-se aos éteres, aos alcoóis e puff! Foi um volatizar se te avias! Um ar que se lhe deu! Fiquei sequinha. Com os miolos suturados. E saturados. De tanto esforço inglório. Que não produzem nada com jeito. Enfim... tenho que ser realista e justa: em dias bons - poucos, infelizmente - consigo ver um episódio inteiro do Saint-Tropez e perceber tudiiiiiinho...

 

AI ISSO É QUE NÃO!...

A minha Lampe Berger que fique fora disto!

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