segunda-feira, outubro 24, 2005
A FALTA
Quando lhe falei deste espaço, uma amiga muito querida pediu-me um post. Que escrevesse sobre a importância dos amigos na minha vida. Não sei se hoje é um bom dia porque acordei saudosa. Ou nostálgica. Que nem sempre sei bem a diferença. Sei que tenho saudades dos meus queridos que me morreram, quase todos cedo demais. Sei que tenho nostalgia da infância, da dor aguda e penetrante das picadas das formigas enormes, pretas, luzidias que tinham um cheiro próprio, delas ou misturado na minha memória com o cheiro do vinagre que me ensinaram a esfregar nas babas para amenizar aquela sensação mista de dor e comichão impossível de apaziguar. Tenho nostalgia do cheiro a madeira do refeitório do colégio, dos dias inteiros a torrar ao sol na praia de Carcavelos quando as férias grandes eram de 4 meses e só queimava as costas porque os gajos bons sentavam-se na esplanada e era preciso controlá-los, das festas da JC, da insónia de Dinintel, de me vestir de preto, usar eyeliner e cheirar a Jean Paul Gaultier porque me aconteciam sempre coisas quando saía assim. Sinto nostalgia até de coisas más. Que mórbido! Como posso senti-la na lembrança do desespero de amores não correspondidos, do desvario das noites em claro a estudar e a pedir "meu Deus, meu Deus! eu juro que, se me ajudares, só mais desta vez, nunca mais estudo só na véspera"?...
A diferença talvez resida na forma como sou acometida por uma ou pelas outras. A nostalgia é, indubitavelmente, um sentimento doce. Que aquece e embala. Que me faz sentir rica porque cheia de memórias, a que posso regressar sempre que quero. De acontecimentos, situações, pessoas que fizeram de mim o que sou hoje. E é sempre um prazer. E as saudades? Essas doem. De forma atroz, incontornável. Assolam-me. Absorvem-me. Dão cabo de mim. Tiram-me toda a capacidade anímica, anulam-me qualquer esforço de vontade. Congelam-me.
E enquanto escrevo, decido. Hoje, sem sombra de dúvida, acordei com saudades. E é por isso, querida Choux, que ainda não é hoje que escrevo o post sobre os amigos.
A diferença talvez resida na forma como sou acometida por uma ou pelas outras. A nostalgia é, indubitavelmente, um sentimento doce. Que aquece e embala. Que me faz sentir rica porque cheia de memórias, a que posso regressar sempre que quero. De acontecimentos, situações, pessoas que fizeram de mim o que sou hoje. E é sempre um prazer. E as saudades? Essas doem. De forma atroz, incontornável. Assolam-me. Absorvem-me. Dão cabo de mim. Tiram-me toda a capacidade anímica, anulam-me qualquer esforço de vontade. Congelam-me.
E enquanto escrevo, decido. Hoje, sem sombra de dúvida, acordei com saudades. E é por isso, querida Choux, que ainda não é hoje que escrevo o post sobre os amigos.
Comments:
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Também acordo assim muitos dias... provavelmente apenas uns 365 por ano... provavelmente não com a intensidade das saudades que sentes (graças a Deus a vida ainda me mantém aconchegada em todo o ninho de pessoas que verdadeiramente nos aconchegam os dias), mas ainda assim saudosa... Não sei se é da condição portuguesa ou se de tanto de bom que já me aconteceu na vida, a verdade é que não há um único dia em que não sinta saudades, sobretudo das pessoas boas e especiais que já se cruzaram comigo e que a vida se encarregou de transformar em pessoas verdadeiramente banais e mesquinhas... às vezes até cruéis!
Saudades também da infância e da ingenuidade dos sentimentos...
Saudades também, obviamente, de todos os momentos bons que ainda tenho para viver com pessoas verdadeiramente fascinantes como vocês!
Com as primeiras saudades fico triste e com vontade de não deixar fugir ninguém especial que se cruze no meu caminho; as segundas obrigam-me a não me levar muito a sério e tentar transformar as coisas mais difíceis da vida numa brincadeira... e as terceiras deixam-me na ansiedade de vos voltar a ver! :-)
Muitos beijinhos nossos, nossaMaria, para ti e para a nossaAna! :-)
Saudades também da infância e da ingenuidade dos sentimentos...
Saudades também, obviamente, de todos os momentos bons que ainda tenho para viver com pessoas verdadeiramente fascinantes como vocês!
Com as primeiras saudades fico triste e com vontade de não deixar fugir ninguém especial que se cruze no meu caminho; as segundas obrigam-me a não me levar muito a sério e tentar transformar as coisas mais difíceis da vida numa brincadeira... e as terceiras deixam-me na ansiedade de vos voltar a ver! :-)
Muitos beijinhos nossos, nossaMaria, para ti e para a nossaAna! :-)
mais uma vez li todas as letrinhas (e são tantas) e mais uma vez pensei, adoro esta mulher!!!
prefiro mil vezes a nostalgia às saudades ... não gosto nada das saudades
prefiro mil vezes a nostalgia às saudades ... não gosto nada das saudades
Tenho uma experiência algo diferente... Guardo boas recordações de pessoas e situações, mas a infância e a adolescência tiveram sempre um travo amargo. Equiparo-me a um tambor que era constantemente batucado pelos outros. Menina certinha que não dá um passo em falso sofre na escola... se sofre. Até que me insurgi e virei fera. De santa passei a diabo de saias, risca, calças. Bem mas isto dava pano para mangas... um dia desenvolvo :)
eu tenho é saudades do tempo em que a minha Madrinha fazia pimentos fritos e café logo logo pela manhã.
E também dos piqueniques que fazia com os meus primos e ...
ai ai ai
E também dos piqueniques que fazia com os meus primos e ...
ai ai ai
caramba,ainda bem que cá vim hoje...o que me foste lembrar...anos sempre em festa, dias inteiros na praia, festas de gargalhada até caír, as fugas para casa nas vésperas de exames a tentar decorar tudo ao mesmo tempo, a insónia do dinintel looooooool. e os amigos que não se vêm há anos, espalhados por todo o lado....
saudades...mas se me perguntares se queria voltar, definitivamente NÃO. a vida é sempre pra frente e o melhor é sempre o que está para vir :))))acreditemos nisso:))
beijinhos:)
saudades...mas se me perguntares se queria voltar, definitivamente NÃO. a vida é sempre pra frente e o melhor é sempre o que está para vir :))))acreditemos nisso:))
beijinhos:)
Minha muito muito muitíssimo querida amiga,
antes de mais, mil beijos abraços apertados e festas nos teus cabelos fofos porque mereces. porque és linda. porque gosto de ti. porque faz-me sempre falta ler-te.
desta feita, não saboreio as tuas palavras com tanto agrado porque a nostalgia e as saudades também a mim me doem.
mas amanhã é sempre outro dia, não é?
beijinhos
(e práminhaianatambémmuitosclaroestá!!!)
antes de mais, mil beijos abraços apertados e festas nos teus cabelos fofos porque mereces. porque és linda. porque gosto de ti. porque faz-me sempre falta ler-te.
desta feita, não saboreio as tuas palavras com tanto agrado porque a nostalgia e as saudades também a mim me doem.
mas amanhã é sempre outro dia, não é?
beijinhos
(e práminhaianatambémmuitosclaroestá!!!)
Saudades de quem nunca fui
Saudade de ser quem sou
Saudades da minha infância
Nostalgia do paraíso perdido
Desassossego d`alma
Mente inquieta...
Saudade de ser quem sou
Saudades da minha infância
Nostalgia do paraíso perdido
Desassossego d`alma
Mente inquieta...
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