sexta-feira, junho 23, 2006
CARTA ABERTA A UMA AMIGA (DE CABEÇA) MUITO PERDIDA
Do que vem de ti, desde que para mim, aceito tudo. Aceito que não me incluas na lista dos amigos que chamas a partilhar o teu dia de anos, que acredites nas patranhas que te contam, que te deixes pobremente manipular. Como há mais de 20 anos aceitei que decidisses que o meu lugar era em frente ao fogão a fritar bifes de empreitada e a mexer o arroz dos leões da Rodézia.
Agora o que me custa mesmo a ultrapassar, é essa tua incapacidade de te olhares por dentro. De reconheceres em ti e para ti, os verdadeiros motivos que te fazem agir de forma tão inconsequente. Ainda só sabes viver assim, de faz-de-conta? Da parte mais exterior das palavras e dos pensamentos? Da casquinha brilhante, tão certinha, laca perfeita para uma vida de ilusão? De verdade que não tocas a tua essência? Foges de quê? Ou não queres mesmo mais? Acreditas sempre no que te dizem? Como acreditas no que dizes aos outros? Ou nem te perguntas?
Continuo a ser tua mãe. Este amor que te tenho é incondicional. Só assim se explica a dor que me tolhe a alma quando te sei a tropeçar de novo. De que, mais uma vez, levaste à cena a tua farsa pessoal. Não imaginas o que custa.
Nota: hoje, só hoje e por causa deste post, senti o poder de ter um blog. A suprema satisfação, quase perversa, de tornar pública uma dor sem ter de explicar nada. Acho que, a partir de agora, vou tratar este cantinho com muito mais respeito.
Agora o que me custa mesmo a ultrapassar, é essa tua incapacidade de te olhares por dentro. De reconheceres em ti e para ti, os verdadeiros motivos que te fazem agir de forma tão inconsequente. Ainda só sabes viver assim, de faz-de-conta? Da parte mais exterior das palavras e dos pensamentos? Da casquinha brilhante, tão certinha, laca perfeita para uma vida de ilusão? De verdade que não tocas a tua essência? Foges de quê? Ou não queres mesmo mais? Acreditas sempre no que te dizem? Como acreditas no que dizes aos outros? Ou nem te perguntas?
Continuo a ser tua mãe. Este amor que te tenho é incondicional. Só assim se explica a dor que me tolhe a alma quando te sei a tropeçar de novo. De que, mais uma vez, levaste à cena a tua farsa pessoal. Não imaginas o que custa.
Nota: hoje, só hoje e por causa deste post, senti o poder de ter um blog. A suprema satisfação, quase perversa, de tornar pública uma dor sem ter de explicar nada. Acho que, a partir de agora, vou tratar este cantinho com muito mais respeito.